O pepino e eu

Não sei se já contei a alguém aqui, mas eu não tenho muito filtro.

As ideias chegam na cabeça e vão parar no papel ou na boca e vivo me enfiando em situações engraçadas e umas deprimentes por conta disso.

Hoje aconteceu algo assim, era dia de compras, não tinha nada em casa para comer, parei de procrastinar e bora para o mercado. Usualmente faço compras uma vez na semana. E se você é dessas pessoas que faz compra toda semana, sabe que desenvolvemos um relacionamento com os vegetais da hortifruti, toda semana, eles e nós ali. Sabemos o que esperar, sabemos quando não atingiram todo o seu potencial. Sabemos quem são.

Pois bem, assim como na vida um dia tropeçamos e percebemos que alguém com quem relacionamos não é exatamente quem pensávamos, lá estava eu e o pepino. Não vá pelo caminho que estão querendo ir, apesar de que... Depois de conhecer ele melhor, quem sabe?

Chego no local dos pepinos, minha filha atazanando que queria um, nem olho para eles, afinal, sei quem são. Mas então, VEJO. E é ai que minha língua vai mais rápido que a mente. "Oloko o que deram para esses pepinos essa semana?"

A hora que vejo estou eu, com um pepino "de ITU" na mão, gargalhando com mais três funcionárias do hortifruti, uma delas que derrubou tudo o que estava organizando na emoção da gargalhada. E um pai com uma criança pequena me olhando feio.

Eu sou dessas, e gosto da minha vida sendo assim.

Veja, esses são normais.