O futuro é ancestral
- Giu Simionato

- 14 de nov. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 27 de mai.
Ontem, estive no Sesc, em um evento chamado arvore-se. Um roda verde, onde foi entrevistado a ambientalista e liderança indígena Txai Surumi, única brasileira a discursar na COP26 em 2021 na ONU, além de outras lideranças indigenistas para abordar o tema: como reflorestar mentes e corações? Como responder essa pergunta? Como fazer nascer em corações secos, sementes que em nós são árvores milenares? O que fez essa semente em nós ser plantada?
Enquanto ouvia o clamor de morte e abusos vividos por esse povo originário, lágrimas corriam em meus olhos, ao meu lado, paixão, mas não dor. Como podemos assistir um discurso de alguém exigindo seu direito de existir e não se emocionar? "É muita terra para pouco índio? Mas nunca ouvimos falar é muita terra para pouco latifundiário!" .
Quisera eu viver em um mundo que NINGUEM fosse obrigado a defender seu direito a vida. Que NINGUEM precisasse ser convencido que respirar é preciso. Que NINGUEM precise convencer outras pessoas que o respeito é um direito. Mas não vivemos. Então até lá, sigo ouvindo e aprendendo. Por que a colonização não acabou e sou privilegiada em detrimento histórico dos antepassados deles. É obrigação minha dar voz àqueles que meus ancestrais calaram.
Por outro lado a resposta deles para duvida proposta era tão simplista quanto óbvia: voltar a natureza, pois somos natureza e definharemos junto dela.
Obvio não? Nem tanto para maioria.
Próximo passo: o mesmo que os anteriores, trabalho e luta!
Bora?




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